A culpa é sempre da religião?
Fé, religião e espiritualidade
Publicado em 27/10/2023

Você já deve ter lido que a religião é culpada pelas guerras e pela violência do mundo. Sem ela o mundo seria melhor.  Frase cruel, burra e preconceituosa! 

Religiosos erraram, mas a ideia de religião não teve nada a ver com a invenção da espada, dos canhões, dos aviões e das bombas atômicas, nem das guerras territoriais, nem os massacres do Século XX. Havia fanáticos religiosos entre eles, mas quem mais matou ou mandou matar foram políticos ateus.  Ambos usavam a religião do povo simples para dominá-lo. Se havia religiosos no meio, quem causou rios de sangue muitas vezes foram lideres políticos. E, ultimamente, foram políticos ateus e sem religião. O século XX começou nas mãos deles! Olhem o nazismo, o comunismo e os regimes de força bruta! Os líderes eram ateus pragmaticos! 

Sim, os religiosos tiveram culpa. Mas olhem para a História! Os ateus tiveram sua culpa. Os invasores tiveram sua culpa. Os cientistas tiveram sua culpa ao criar a fusão nuclear, sabendo que políticos ateus a usariam. 

E quem inventou os bombardeiros não foram padres, pastores e monges, mas técnicos,  sabendo que matariam milhões.  Quem desenvolveu a possível guerra bacteriológica não foram papas, bispos ou líderes religiosos nem humildes freiras em hospitais e no meio de gente paupérrima. Foram políticos e cientistas calculistas que sabiam que ficariam  ricos e que sabiam que venceriam,  ou pelo medo ou pela morte de milhares, antes que uma parte se rendesse.  Ainda hoje vivem deste terror! Vivem ameaçando com suas ogivas apontadas para o território inimigo! 

Nem todos os líderes religiosos eram estrategistas e generais como Moisés ou como Maomé. Grande número deles ensinava perdão, paciência e desapego aos bens e nada queriam com políticas de guerra!

Então, não culpem a religião,  que sempre foi uma busca do desconhecido e de um sentido para o aqui e o depois daqui.   

Os ateus, os políticos, os “conquistadores”,  os "fazedores de escravos“, os comerciantes e industriais sem escrúpulos, os perseguidores do lucro ou do poder sem limites, todos eles  pensavam no deus-dinheiro e no deus-lucro. 

É verdade que alguns  deram uma parte para os pregadores e estes aceitaram.  Há igrejas com altares de ouro vindo do ouro da escravidão! Jesus não aceitaria! Os tempos eram outros. 

Hoje, os verdadeiros crentes nunca aceitariam a violência da riqueza ou do dinheiro. O suficiente e o eficiente sobra para quem mais precisa.  Milhares de religiosos morreram por não aceitarem a riqueza injusta que levava milhares  de inocentes à morte. 

Certamente não aceitariam o aborto como solução de indivíduos ou povos e congressos e juízes porque sempre será assassinato de um ser humano já concebido,  embora tenha apenas o tamanho de uma unha! 

 

Pe. Zezinho SCJ (José Fernandes de Oliveira) - https://www.facebook.com/padrezezinhoscj

Escritor de mais de 300 livros, milhares de artigos e professor de comunicação, pioneiro e referência da música cristã; inúmeras dentre suas mais de duas mil canções (com letras sempre conforme a original doutrina cristã) estão entre as mais cantadas por católicos, evangélicos e outros, ainda que, geralmente, nem sequer saibam ser ele o compositor; foi considerado o padre cantor mais conhecido do mundo: feitos altamente notáveis, já que jamais se submeteu à mídia convencional, não fez e não faz média para agradar e tudo que arrecadou  com seus livros, apresentações e discos foi e é destinado a obras sociais. 

Profundo estudioso e disseminador da história e doutrina da Igreja e das religiões, defensor do ecumenismo, do diálogo inter-religioso e do respeito entre os diferentes. 

 

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