O significativo sotaque da fé
Fé, religião e espiritualidade
Publicado em 25/07/2023

Praticamente 98% dos brasileiros falam a mesma língua.  Mas cada região tem seu sotaque, que são os acentos, as nuances, os termos, as expressões idiomáticas e os vocábulos que a maioria herdou em família.    

Alguns nunca perderam o sotaque sulino, mineiro, baiano, goiano, capixaba, paulista, nortista, nordestino. Falam português, mas a gente sabe onde passaram sua infância .   

Não obstante, menos de 1% dos brasileiros quer deixar de ser brasileiro. Queixam-se, mas não desistem do Brasil.  

Existe também o sotaque  cristão . Ele é diferente de outros idiomas de fé, que devem ser respeitados, afinal somos todos filhos do mesmo Criador.

Mas quem  acredita em Jesus tem um jeito de crer, que,  apesar de todas as diferenças de crenças, de linguagem e de afirmações  místicas e dogmáticas, tem uma marca registrada: ele aceita Jesus, mesmo que congregue em outra Igreja ou outra denominação.  O amor por Jesus está acima do amor pela sua Igreja.  

O ecumenismo é esta caridade de quem sabe que falamos a mesma língua e amamos o mesmo Jesus.  Talvez creiamos diferente, mas amamos do mesmo jeito: o jeito fraterno! 

Os sotaques espirituais e eclesiais às vezes diferem grandemente, mas se o sujeito for gentil, fraterno, respeitoso e caridoso, tal sujeito estará falando e vivendo como discípulo de Jesus Cristo! 

A caridade é esta linguagem comum. Se ela faltar, é porque o sujeito caiu na marginalidade da fé.

Semelhante à linguagem dos crime e dos marginais,  que o cidadão de bem jamais entenderia e nem usaria, há uma linguagem anti-religiosa usada por pseudo-religiosos! Pseudo porque vivem ofendendo, postando Fake News e caluniando os de outra fé!

Não sendo fraterna e respeitosa não é linguagens ecumênica. Nem sotaque é! E se não é ecumênica escolheu rejeitar tudo que não seja da sua patota!    

Os quilombolas e os grupos indígenas tem sua própria língua,  mas querem continuar brasileiros e ser respeitados.  Eles pertencem e querem pertencer. 

Já, na religião, os que não querem mais conversar nem dialogar como irmãos e crentes em Jesus é porque escolheram ser anti! Às vezes, anti-tudo! 

Em geral são os que se acham mais cristãos do que os outros… 

Os fariseus também eram assim. E foram eles que causaram a morte de Jesus. Achavam-se os verdadeiros crentes de Javé.  

Infelizmente eles têm descendentes! Ligue sua TV. Ouça o que dizem nos templos e passeatas e marchas, abra as páginas de certos de pregadores radicais.  Estes modernos fariseus acham-se os verdadeiros crentes em Jesus! Os outros, para eles,  são resto!…  Jesus os inclui! Eles excluem!

 

Pe. Zezinho SCJ (José Fernandes de Oliveira) 

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