Diálogo ecumênico acontece entre as Igrejas cristãs, cuja base fundamental da sua concepção religiosa e conduta de vida está no Evangelho e na fé em Jesus Cristo. Objetiva gerar diálogo fraterno, para que se relacionem com respeito e afeto recíproco. Dá-se com a fé comum na Santíssima Trindade.
Corresponde à vontade e exemplo de Jesus em sua oração sacerdotal, quando Ele pede ao Pai para que todos sejam um” (Jo 17,21). A opção preferencial pelo amor é fundamental para que os cristãos, apesar das suas separações em milhares de confissões religiosas, vivam em paz e respeitando a fé e crença uns dos outros: embora rezem ou orem de um jeito diferente e tenham doutrinas específicas, vivam a unidade do amor na caminhada da fé, e testemunhem que "maior é Aquele que nos une do que aquilo que parece nos separar".
Diálogo inter-religioso acontece entre as religiões que honestamente procuram a verdade e a promoção da justiça. Acontece quando crentes cristãos dialogam com crentes de outras religiões que não são cristãs: cristianismo com judaísmo, hinduísmo, budismo, islamismo, xintoísmo, candomblé, umbanda, zoroastrismo, taoísmo, confucionismo etc.
Diálogo com ateus e agnósticos pode-se chamar diálogo entre crenças e não crenças ou entre fé e razão (o cristianismo original ensina que fé e razão não colidem, não se excluem e, em verdade, convergem e precisam, necessariamente, se completar).
Nos diálogos ecumênico e inter-religioso deve prevalecer a lei maior, o amor.
Lei à qual até multidões de fervorosos e religiosos sequer aderem ou correspondem, de tão hipócritas ou seletivos; ou não perseveram ante os esforços, riscos e renúncias inevitáveis!...
Os que aderem e correspondem começam a entender como a graça de Deus age em todos os povos e culturas, e a aprender a respeitar as várias tradições religiosas: gente assim se esforça para que a sociedade seja mais fraterna e pacífica (apesar de tanta indiferença, inveja, violência, guerra, corrupção, injustiça, desigualdade...).
José Carlos de Oliveira