Publicado em 25/08/2023

Durante processos seletivos, incontáveis candidatos aos postos de trabalho pedem orientações que os ajudem a melhorar ou gostariam de conversar demoradamente, até sobre outros assuntos. Meu modo de ser facilita a que muita gente assim faça ou queira fazer.

Simpatizante de uma boa prosa, avanço além duma tratativa curta, seca e fria. Que a prosa distraia, divirta e resulte em partilha de aprendizado, seja o interlocutor mais ou menos culto, instruído e preparado que eu: não tenho preconceitos para com os mais simples e necessitados de uma palavra, dica, motivação sincera, ou, no mínimo, um silêncio atencioso. Enquanto ensino e ajudo, aprendo e sou ajudado.

Resultado do hábito de ser autêntico, o que periga ser ou parecer ser grosseria, alcançado o limite do tempo eventualmente disponível, digo que preciso prosseguir as tarefas profissionais até concluir os processos seletivos em andamento; afinal, é isto que meus clientes esperam ao me contratar.

Entretanto, nem todos entendem e há os que acham que não sou profissional ou educado por não lhes dedicar atenção plena enquanto queiram e na hora que querem. Não percebem que denunciam possuir qualificação aquém da que escrevem e dizem possuir: obtusos, não enxergam além dos seus umbigos. Empatia é algo que passa ao largo do seu saber, sentir e fazer.

Em contrapartida, outros, mesmo querendo e notando que também quero satisfazer a natural vontade de estender a agradável prosa, retiram-se, para que cada um continue o curso do seu dia, tarefas, necessidades e propósitos. Oportunamente, virá ocasião para outras agradáveis prosas: “tudo tem seu tempo e sua hora”. Naturalmente demonstram correspondência à qualidade que escrevem e dizem possuir; por vezes, clarificam que são, além de qualificados, diferenciados ou notáveis.

Desta aparentemente banal situação pela qual passo desde o início da carreira é que fui aproveitando o apreço por ler e escrever, e comecei a preparar artigos para impressos a colocar no edital em frente ao escritório. Vieram as apostilas, pedidos de artigos para jornais, sites e revistas, entrevistas, palestras, cursos, treinamentos, programas em rádio etc.

Geralmente, os candidatos menos qualificados e ou mais equivocados são os que ignoram e desprezam as atividades de cunho formativo. Querem a prosa na hora e do jeito deles, mais para distração, diversão e não percebida alienação; menos para informação, formação e evolução: na hora e local possíveis e sugeridos não irão às palestras e cursos oferecidos, não lerão os artigos em jornais e sites e não ouvirão os programas em rádio que lhes forem indicados – ou, logo desistirão ou não terão aproveitamento razoável.

Este comportamento comum, paupérrimo, previsível e invencível apequena também as relações e resultados das atividades religiosas, condominiais, sindicais, familiares…

Enquanto tento não esquecer que também continuo insupera-velmente necessitado de aprender e evoluir, além da sujeição ao erro e à dúvida, comemoro cada exceção que foge à regra e descobre o prazer e a utilidade de começar a deixar de ser apenas mais um. É daí que tiro a motivação para compartilhar o pouco do pouco que sei, e a esperança de encontrar pessoas receptivas aos artigos, jornais, apostilas, palestras, programas em rádio e boas prosas, tudo ao seu tempo, hora e lugar.

 

Prosa é artigo que escrevi e foi publicado originalmente em 16 de novembro de 2012.

Num mundo cada vez mais competitivo, exigente, desigual, acelerado e em constante mudança, como ser pessoa, profissional e empreendedor tão importante e indispensável quanto é a tecnologia? Este questionamento e como agir para chegar e se manter à altura da resposta é a síntese do programa Hora Plena e da web rádio Plena desde 2011.

Existo experimentando que a vida não é ciência exata, porém, formação pessoal permanente e consistente é algo concreto e única maneira não dependente de acasos e desonestidade para vir a estar à altura das ponderações de 2012 e 2023, e outras equivalentes.

Em 1990, quando comecei a aprender os serviços contidos nos processos de recrutamento e seleção de pessoal – que vão muito além dos meros encaminhamentos à base mais de achismos que técnicas corretas e adequadamente aplicadas – minhas desconfianças anteriores foram se consolidando: quem se propõe a se desenvolver de verdade e acima da média, compromissando-se com a perfectibilidade, não será isento de erros, derrotas e injustiças, mas, será notável, diferenciado, protagonista e favorito para aproveitar e gerar as melhores oportunidades e se realizar plenamente!

Hoje quase todo mundo é internauta, a internet contém quase todo conteúdo que a humanidade produziu e produz; é fonte inesgotável de dados, que não são informação, que não é conhecimento, que não é sabedoria: o primeiro patamar deveria conduzir ao seguinte e todos retroalimentando-se...

Porém, com ou sem tecnologia e internet e suas maravilhosas possibilidades, as pessoas majoritariamente permanecem se contentando em viver na média. Preciso respeitá-las e reconhecer que para parâmetros de muita gente eu sou mediano...

Estudante, aprendiz, leitor, observador e perguntador em período integral, quanto mais aprendo, mais constato o quanto sou limitado e ignorante. Penso nisto toda que vez que falo e escrevo e, eventualmente, alguém percebe, respeita e aproveita os conteúdos: para que eu aja com segurança e fundamentação, dentro dos meus limites e com todo respeito, inclusive, por quem exercer o direito de discordar ou ignorar os conteúdos que ofereço e compartilho.

Igual a todo mundo, oscilo entre ser importante ou insignificante para uma prosa e a partilha de uma atividade ou relacionamento. Quem, por exemplo, lê com atenção conteúdos tais como os deste impresso, escuta o programa Hora Plena e outras fontes semelhantes ou melhores, eventualmente, gostaria de prosear comigo  e eu retribuiria prazerosamente: esperançoso de se tratar de mais uma dentre as pessoas tentadas a experimentar ou já experimentando a vontade, o esforço e os frutos de não se acomodar em ser apenas mediano; pois, para existir e não apenas viver ou sobreviver no século XXI, esta estratégia é e será cada vez mais indispensável!

Grante e fraterno abraço!

 

José Carlos de Oliveira

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