A razão de cada pessoa!
Formação profissional
Publicado em 22/02/2025

A razão à qual refere este artigo é a faculdade de raciocinar, apreender, compreender, ponderar; inteligência; raciocínio que conduz à indução ou dedução de algo; capacidade de avaliar com correção, com discernimento; bom senso, juízo.

 

Não confundir processo seletivo profissional e qualificado com uma simples triagem e encaminhamento; ou indicação por parentesco, amizade ou conveniência política partidária ou religiosa: isso é comum, pode ser realizado com seriedade e boa intenção, porém, quando os resultados são satisfatórios para a organização e comunidade envolvida e não apenas para quem indicou e para o indicado, o são mais pela casual convergência de interesses e possibilidades das partes, e menos ou nada resultantes de procedimentos realmente qualificados, técnicos, justos... 

Há o networking ou rede de contatos ou de relacionamentos. 

Tem o do modo medíocre: quando o indivíduo só se lembra de alguém quando quer pedir dinheiro, indicação, contratação ou outro favor. Pode possuir predicados e não ser de todo só mais um igual a qualquer outro: mas, falta-lhe algo do que é cada vez mais essencial ao mundo corporativo e demais setores do viver.

Tem o do modo notável e diferenciado: quando a pessoa mantém contatos regularmente, com bom nível de conteúdo, sem exagerar para não ser chata e inconveniente, não se limita a pedir, oferece ou se disponibiliza a ajudar. Se não for propaganda enganosa, possivelmente será dotada de predicados interessantes e os desenvolvendo permanentemente. 

Nos dois modos pode-se adentrar e se destacar no mundo corporativo, e não apenas nele, via processos seletivos simplórios ou elevados e elaborados, encaminhamentos e indicações com as mais variadas intenções e percepções. 

Injustiça e desigualdade são constantes: vide o que ocorre mundo afora, e no Brasil, tristemente, a começar por peripécias de privilegiados poderosos de idoneidade duvidosa, em diversas instituições e níveis, pródigos em cuspir na liberdade e demais direitos de quem deles discorde e os incomode, até que sejam cooptados ou calados. Existe gente assim em todos os agrupamentos, com suas correntes de pensamentos e respectivos intentos! 

No quesito ganhar o pão e o poder de cada dia, entre esses e outros, abundam exemplos de chupins, parasitas, oportunistas e incompetentes que não valem um centavo, e não merecem os elogios e o status dado por quem neles acredita: disfarçam, esperneiam quando flagrados, denunciados, dispensados, mas, diante dos espelhos de suas consciências, veem o ser infame que suas máscaras, mentiras e outras dissimulações não conseguem esconder de todo mundo, o tempo todo, e nem tampouco deles mesmos.

É da natureza humana nos autoavaliarmos exagerando nossas reais ou supostas qualificações e acertos, minimizarmos nossas limitações e erros. Não costumamos atentar ou gostar que, mesmo na hipótese de participarmos dum contexto plenamente legal e ético, seremos tidos por interessantes, simpáticos, capacitados etc por uns ou vários, mas, jamais, por todos e nunca com igual intensidade. 

Até pessoas de boa vontade, bom caráter e bom senso não têm as mesmas impressões umas das outras; vira e mexe erram quanto ao que sentem, pensam, falam e em como interagem.

Quando somos alvo de hipócritas, invejosos, preconceituosos, fanáticos, corruptos etc: como lidamos com eles revela se somos iguais ou tão pequenos quanto, ou, opostos e grandes ou a caminho de sê-lo... 

É desafio para toda a vida aprender a perceber e entender os contextos dos quais participamos direta e indiretamente, vencendo uma espécie de miopia mental e emocional que reduz a amplitude da nossa “visão” aos limites dos nossos umbigos: são interesses, gostos particulares e conceitos com os quais pautamos e miseravelmente julgamos praticamente tudo e todos, pouco ou nada importando se avançamos além do nosso saber, aptidões e do limite do razoável.

Tal desafio, nunca falta quem o recomende aos outros, mas, ai de que lhe recomendar... Acrescente-se às autoavaliações equivocas e já referidas, os obtusos crônicos cujas mentes praticamente nada consegue abrir: nem os melhores e mais  reconhecidos conteúdos em artigos, livros, áudios, vídeos, palestras, cursos, conversas, experiências. Quantos possuem coração demais e razão de menos.

É sempre complexa ou polêmica a distinção entre qualificação e adequação; fato, boato, versão, ponto de vista e opinião; o que é verdade e o que não é;  quem é isento e imparcial e quem não é; o que é justo e ético e o que não é; o que é prioridade e o que não é; principalmente, quando os valores, fatos, projetos, causas e resultados não nos agradam em nossa vaidade e interesses quanta vez impublicáveis, portanto, incômodos à nossa razão, quanta vez precária, equivocada ou irrazoável...  

Esta é a era das narrativas, das polarizações, das separações e "bolhas", que são os inumeráveis grupelhos fechados em si mesmos, convictos que só eles estão certos; e da ética de fachada, de conveniência, de conivência e interesseira, até em nome de Jesus, de Deus e do Espírito Santo: caso da escória que são os picaretas autoproclamados (ou pelos seus pares) porta-vozes e tesoureiros de Deus. 

Para o bem da sociedade é cada vez maior a necessidade, e para as pessoas que se conscientizem, se disponham e se esforcem, é cada vez maior a oportunidade: para o que é útil, importante e indispensável, precisa-se de gente com formação pessoal e profissional notáveis, diferenciadas, criativas, inovadoras e em constante desenvolvimento. Onde, da base, tanto quanto o saber técnico, é parte inseparável a ética clássica  ou das virtudes: antiquíssima tecnologia tão atual e indispensável quanto a inteligência artificial, que resulta e depende dela e jamais a substituirá. Mas substituirá pessoas comuns e despreparadas, acelerando como nunca um processo que tecnologias anteriores já provocam há décadas!

Alguém discordará, mas, este é o único modo de vir a ser importante, realizador e plenamente realizado: para si, seus familiares, amigos e colegas; em todas as atividades que realize e para a sociedade. Assim como não se deve confundir poder com autoridade, não se confunda importância com fama: muita gente é famosa e é pouco ou nada importante, ainda que consiga dinheiro e poder. 

É preciso dizer que tipo de pessoa costuma precisar mais procurar do que ser procurada para oportunidades entre medianas e pífias ou pouco ou nada edificantes? 

Que tipo de pessoa costuma ser mais procurada do que procurar, para oportunidades entre medianas e excelentes e edificantes, e mais exigentes e gratificantes, porque à altura de quem é e tem muito mais a oferecer? 

É imperativo reconhecer que todos nós transitamos por momentos ou períodos melhores ou piores; também quanto a sentimentos, pensamentos e comportamentos. E afetados diversamente pelos imprevistos dos quais ninguém escapa.  

Do nível de percepção, admissão, esforço e aproveitamento, conforme o caráter, temperamento e personalidade, interesses e possibilidades, é que será edificada a postura padrão e verdadeira de cada indivíduo!

Que entre as ponderações que acaba de ler, algumas mais firmes e mesmo não concordando com todas, uma ou outra você aproveite: é o que trago no coração toda vez que partilho um pouco do pouco que sei e continuo aprendendo.

Grande e fraterno abraço!

 

José Carlos de Oliveira

 

Este artigo, em certa medida, é a primeira parte de "A razão de cada cliente", que trata da seleção de pessoal para o mundo corporativo. A publicar oportunamente.

 

 

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