Com o aumento acelerado da competitividade no mercado de trabalho, um dos maiores desafios que enfrentamos na educação é preparar nossos jovens para serem profissionais capazes e resilientes. Escrevo este artigo como um administrador e professor, preocupado com o futuro dos meus alunos e o nível de empregabilidade que eles poderão alcançar.
Nos últimos anos, tenho observado uma cultura de displicência emergindo entre muitos jovens. Esta atitude despreocupada, infelizmente, se reflete em suas perspectivas de emprego e comprometimento com o futuro. É fundamental entender que o mercado de trabalho não recompensa o descompromisso. A negligência, a falta de interesse e a desatenção às mudanças e inovações do mundo corporativo só servem para limitar as oportunidades de emprego e crescimento profissional.
Uma das competências mais valorizadas no mercado de trabalho contemporâneo é a proatividade. O profissional proativo não espera que as coisas aconteçam, ele as faz acontecer. Ele se antecipa aos problemas, busca soluções criativas e está sempre pronto para aprender e se adaptar. Em um mundo em constante mudança, o comportamento proativo é uma habilidade essencial para se manter empregado e avançar na carreira.
Além disso, é crucial estar antenado na atualidade. As inovações tecnológicas, as mudanças socioeconômicas e os novos modelos de negócios estão remodelando a forma como trabalhamos e fazemos negócios. Os jovens que ignoram essas mudanças correm o risco de se tornarem obsoletos antes mesmo de entrarem no mercado de trabalho.
Quero ressaltar também a importância da capacidade de trabalhar em equipe, algo que parece estar sendo esquecido em meio à cultura de displicência. O trabalho em equipe não é apenas uma habilidade, mas uma atitude, um compromisso com o bem-estar coletivo e a realização dos objetivos comuns. No mercado de trabalho, ninguém atua sozinho. A colaboração, a comunicação eficaz e a empatia são habilidades indispensáveis.
Em um mundo cada vez mais globalizado, a fluência em idiomas estrangeiros tornou-se um diferencial competitivo. Aqueles que dominam mais de um idioma têm acesso a mais oportunidades e podem se comunicar com uma variedade mais ampla de pessoas e culturas. Isso não apenas aumenta as chances de empregabilidade, mas também expande a visão de mundo e a capacidade de compreender diferentes perspectivas.
No entanto, o comprometimento com o futuro vai além da proatividade, do conhecimento atualizado, do trabalho em equipe e do domínio de idiomas. É também uma questão de atitude e mentalidade. O profissional comprometido entende que seu futuro depende de suas ações presentes. Ele assume a responsabilidade por seu aprendizado e desenvolvimento e está disposto a fazer o que for necessário para alcançar seus objetivos.
É hora de reverter essa cultura de displicência entre os jovens. Como educadores e administradores, temos a responsabilidade de encorajar a proatividade, o comprometimento, a colaboração e a consciência atualizada em nossos alunos. Precisamos equipá-los com as habilidades e atitudes necessárias para prosperar no mercado de trabalho competitivo.
Além disso, é essencial enfatizar a importância do autoconhecimento no desenvolvimento de carreira. O autoconhecimento permite que os jovens identifiquem suas forças, fraquezas e paixões, ajudando-os a tomar decisões de carreira informadas e alinhadas com seus objetivos e valores pessoais.
Por fim, reforço a necessidade de uma abordagem de aprendizado ao longo da vida. O aprendizado não termina quando se deixa a escola ou a universidade. Pelo contrário, é um processo contínuo que deve ser perseguido ao longo de toda a carreira. As competências requeridas hoje podem não ser as mesmas necessárias amanhã, e os jovens que adotam uma mentalidade de aprendizado contínuo estarão melhor equipados para se adaptar e prosperar no futuro do trabalho.
Portanto, deixo um apelo aos jovens: invistam em si mesmos, em seu aprendizado e desenvolvimento. Sejam proativos, comprometidos, colaborativos e atualizados. O futuro do trabalho é incerto e desafiador, mas também cheio de oportunidades para aqueles que estão dispostos a se esforçar e se adaptar. A empregabilidade de amanhã começa com o comprometimento de hoje.
Jorge Eduardo Oliveira de Souza
Administrador, é Mestre em Ciências, Especialista em Psicologia Organizacional do Trabalho e em Gestão de projetos e da qualidade. Atua como professor de Educação Profissional, consultor de liderança, comportamento organizacional, diversidade e inclusão.