Futuro do trabalho: quais as tendências e como preparar a empresa?
Formação profissional
Publicado em 20/01/2023

Faz parte da natureza humana querer saber o que nos aguarda no futuro do trabalho. As transformações acontecem a todo o momento e, por isso, tentamos prever os próximos acontecimentos de nossas vidas. No âmbito profissional, esse fenômeno também acontece e o futuro do trabalho é uma preocupação recorrente para aqueles que desejam traçar uma rota positiva com o passar dos anos.

Flexibilidade, criatividade e adaptação prometem ser as palavras mais utilizadas no contexto profissional. Inclusive, essa é uma tendência que já vem aparecendo em muitas empresas. Timidamente ou não, organizações já iniciam sua corrida contra o tempo para saírem à frente da concorrência e se adaptarem o quanto antes.

Está interessado em ter acesso a um panorama sobre o assunto e adaptar a cultura organizacional da sua empresa para que os próximos tempos sejam promissores? Então, continue a leitura e confira:

 

O que esperar do trabalho no futuro?

 

A realidade do futuro do trabalho e da nossa sociedade vem sendo representada há muito tempo por filmes, séries, e até mesmo desenhos animados. Por isso, muitas pessoas pensam que o destino do mundo corporativo estará tomado por robôs e que os humanos sofrerão com o desemprego.

Que as máquinas ocuparão o lugar de mão de obra humana, isso não é novidade para ninguém. Entretanto, não são os empregos que vão deixar de existir: as atividades é que serão adaptadas e, dessa forma, dividiremos o espaço com a tecnologia.

Praticamente todas as profissões têm ocupações que podem ser automatizadas. Nessa realidade, é preciso enxergar os robôs como assistentes dos seres humanos nos processos de tomada de decisões. Ou seja, firmar uma parceria com a máquina.

Para isso, será necessário desenvolver novas habilidades. A educação corporativa vem ganhando cada vez mais força dentro das empresas, que estão bastante interessadas em manter suas equipes alinhadas às novas tendências do futuro.

 

Qual a importância dos profissionais se prepararem para o futuro?

 

Quando o assunto é futuro do trabalho sempre nos vem a ideia do domínio tecnológico sobre os processos de produção. Mas saiba que este cenário vem sido previsto há mais de um século, com destaque para os estudos do filósofo tcheco-brasileiro Vilém Flusser.

O filósofo foi um dos primeiros teóricos a destacar que a revolução digital que estava por vir. Por ter falecido na década de 1990, ele não conheceu muitas das ferramentas que conhecemos hoje.

Mas já sabia da importância das mudanças que estavam por vir e escreveu os primeiros ensaios que alinhavam a ciência e a tecnologia ao mundo como      conhecemos hoje. Estamos em constante evolução: empresas, profissionais e processos.

No entanto, mesmo que surjam novas ferramentas tecnológicas, será necessário pessoas que estejam preparadas e capacitadas para utilizá-la. Grandes líderes sabem disso. Por isso, ano após ano acontecem fóruns e outros eventos com o objetivo de discutir essas transformações, antecipar o futuro e se adaptar a elas da melhor forma.

É o caso do relatório Future of Jobs. A edição pertencente ao Fórum Mundial The World Economic Forum (WEF) do ano de 2020, foram divulgadas as principais habilidades do futuro que todo profissional deve buscar desenvolver acompanhando o ritmo das mudanças. Abaixo citaremos as 8 principais habilidades:

- resiliência;

- tolerância ao estresse e flexibilidade;

- inteligência emocional;

- resolução de problemas;

- criatividade, persuasão e negociação;

- pensamento analítico e inovação;

- liderança;

- flexibilidade cognitiva.

Uma vez que os profissionais entendam a importância de desenvolver essas habilidades e realmente passam a buscá-las, as empresas também ganham, pois, talentos mais qualificados estarão disponíveis no mercado.

Mas é sempre bom reforçar que não basta esperar que esse profissionais qualificados apareçam. É preciso investir na formação deles, reforçando pontos fortes e aprimorando os fracos.

 

Quais as principais mudanças na força de trabalho?

 

Embora a automação seja vista como elemento fundamental para empresas cujas funções tenham tarefas bastante repetitivas e um grande volume de dados para analisar, ainda existem muitas áreas em que a interação humana é crucial. A inteligência emocional do ser humano não pode ser descartada, já que é preciso interpretar e lidar com as informações coletadas.

A inteligência artificial é até capaz de gerar diagnósticos, contudo, ainda não consegue interagir com clientes, pacientes e demais tipos de consumidores da mesma forma que uma pessoa. Criatividade, empatia, simpatia e outros comportamentos humanos são insubstituíveis.

Outro fator que não pode ser ignorado é o crescimento da população de idosos. Com o aumento da expectativa de vida, a tendência é que aumente a demanda de profissionais como médicos, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos de saúde e demais profissões relacionadas.

 

Quais as tendências para o trabalho nos próximos anos?

 

Com o passar dos anos, o mundo corporativo foi impactado com as evoluções tecnológicas e as mudanças sociais. Globalização, envelhecimento da população e até as mudanças climáticas estão fazendo com que algumas profissões que não existiam comecem a aparecer, enquanto outras vão sumir.

Entretanto, as tendências para os próximos anos não se resumem apenas às novas carreiras. O perfil do trabalhador e a maneira de se trabalhar também estão mudando. Continue a leitura e veja sobre o que estamos falando.

 

1. Ambientes remotos e home office produtivo

 

O trabalho remoto já é uma realidade em algumas empresas. Para algumas funções, os escritórios tradicionais estão entrando em extinção e dando lugar aos espaços virtuais, principalmente, em atividades que exijam que os profissionais sejam mais criativos.

Horários e ambientes flexíveis já chamam a atenção dos melhores talentos disponíveis no mercado, além de ser muito mais barato para as empresas que não precisam arcar com os custos referentes à estrutura para manter essas equipes.

Um elemento muito interessante dessa modalidade de se montar uma empresa é que a formação de equipes remotas permite que os profissionais fisicamente distantes se unam em escritórios virtuais.

O que dá o tom ao futuro das empresas é essa liberdade de escolher como, onde e em quais horários trabalhar. A tendência é que esses ambientes se adaptem às necessidades das pessoas com a ajuda da tecnologia.

 

2. Conhecimento por meio do EAD

 

Profissionais cada vez mais qualificados são a promessa para o futuro do trabalho, e a tecnologia aparece novamente como uma das aliadas a esse processo.

O modelo de educação online permite que esses indivíduos adquiram competências teóricas e técnicas no conforto dos seus lares. Como podem fazer o próprio horário de estudos, a tendência é que se qualifiquem em menos tempo e possam investir em vários cursos ao mesmo tempo.

Além disso, as próprias empresas podem contar com esse recurso para treinar seus colaboradores, com um custo bastante inferior. Esse é um recurso já disponibilizado por algumas empresas especialistas em educação corporativa e a tendência é que ganhe mais força.

 

3. Capacidade de autogestão

 

A autogestão é mais uma tendência apontada para o futuro do trabalho. Seguindo a linha de um trabalho com mais liberdade, significa que, muito possivelmente, não haverá um controle rígido sobre o desempenho, já que o mundo corporativo está caminhando para uma estrutura menos hierarquizada e mais colaborativa.

O feedback será um processo dinâmico, natural e feito em tempo real. Os colaboradores terão mais autonomia e responsabilidade para controlar o seu próprio desempenho.

 

4. Estabilidade via rede de contatos

 

Na realidade, surge um novo conceito para estabilidade: mais ligado ao potencial de empregabilidade, e não ao emprego em si.

Ou seja, se hoje a ideia de um emprego estável é estar em uma empresa que conserva seus colaboradores até a sua aposentadoria, no futuro, será o potencial do trabalhador em ser disputado por várias organizações.

Dessa forma, o trabalho passa a ser sob demanda e contratos de curto prazo, em que o networking é fundamental para que isso aconteça.

 

5. Trabalhar por um propósito

 

O salário já está perdendo a força no processo de retenção de talentos e a tendência é que essa prática se fortaleça. Isso significa que será dever do empregador encontrar um propósito para que o profissional faça parte da sua empresa e transmita isso a todo  o quadro de colaboradores.

O engajamento das equipes se dará por uma causa, e não por um valor. Todos deverão acreditar na missão da empresa e envolver-se nela.

 

Como se preparar para essas tendências?

 

Com a popularização dos mecanismos em automação, somada à    velocidade nas mudanças da nossa sociedade e às tendências para o futuro do trabalho, empregos atuais desaparecerão para dar espaço a funções que nem sequer foram inventadas. Isso vai afetar de forma direta o sistema educacional.

As instituições de ensino continuam sendo importantes para a construção de uma carreira, mas o protagonismo na evolução dela fica por conta do profissional. O que estamos querendo dizer é que a formação não pode ser originada de uma única fonte, pois está em constante mudança.

Nesse contexto, o aprendizado contínuo ganha destaque. Se preparar para isso é fundamental, e o primeiro passo é ter consciência de que as demandas vão se modificando a ponto de você colecionar diversas carreiras ao longo da vida. Portanto, é necessário manter-se atualizado e interessado na busca por uma qualificação constante.

Além disso, é necessário desenvolver algumas competências socioemocionais. Conheça algumas delas.

 

1. Inteligência emocional

 

A inteligência emocional é a capacidade de se colocar no lugar do outro, agindo de maneira empática e também dominar os próprios sentimentos. Existem algumas atitudes que podem ajudar o indivíduo a desenvolver essa habilidade:

- evitar os pensamentos negativos;

- observar as situações que despertam agressividade, nervosismo e outros sentimentos ruins para poder contorná-las;

- pensar antes de responder e não reagir de maneira impulsiva;

- tentar entender o próximo antes de julgá-lo.

 

2. Pensamento crítico

 

Pessoas com o pensamento crítico apurado utilizam a racionalidade para resolver um problema. Para desenvolver essa capacidade, algumas atitudes são bastante válidas:

- sempre questione e pesquise diversos assuntos;

- resolve exercícios que estimulem a lógica, como sudoku e  palavras-cruzadas;

- antes de entender o problema, tente compreender o cenário.

 

3. Pensamento analítico

 

Atrelado ao pensamento crítico, será necessário para o futuro do trabalho que as pessoas entendam como funciona o raciocínio baseado em dados, além de apresentarem domínio em ferramentas que proporcionam essas análises.

 

4. Colaboração virtual

 

Cada dia mais, será preciso trabalhar de maneira produtiva e engajada, independentemente da plataforma. Por isso, é importante se familiarizar com as ferramentas tecnológicas desde cedo.

 

5. Negociação

 

As habilidades em negociação são fundamentais para todos os profissionais, independentemente do cenário do mercado de trabalho.

 

Qual o perfil do líder do futuro?

Se a sociedade e o mercado de trabalho estão mudando, os problemas assumem uma faceta mais complexa e exigem mais elementos para suas soluções. Isso significa que os modelos de liderança também deverão mudar.

Novas tecnologias surgem a todo momento. As relações entre empresas e clientes são impactadas, como você pôde conferir até agora neste artigo. A consequência gira em torno de um público mais engajado e, nesse contexto, o papel do líder é fundamental para direcionar as equipes de trabalho para se adequarem a esse novo modelo.

Além disso, o perfil dos profissionais também está se modificando e os modelos autoritários deixaram de ser uma opção para o desenvolvimento de equipes de alto desempenho. O modelo tradicional sujeita a organização a abafar a criatividade dos colaboradores, diminuir a performance dos times, limitar a produtividade e excluir possíveis clientes em potencial.

Como você pode imaginar, os riscos para que os resultados despenquem são enormes. Por isso, essa nova realidade pede um novo perfil de líder: o que assume o papel de facilitador da rotina.

A liderança deve ter um caráter que busque minimizar a burocracia, pautado por constantes feedbacks e pela presença colaborativa e não onipresente, colocando-se sempre à disposição e a serviço para apoiar o grupo, tirar dúvidas e encorajá-los a dar o melhor de si. Aqui, é fundamental desenvolver as chamadas soft skills.

 

Como a tecnologia e a Internet das Coisas impactam essas mudanças?

O conceito de Internet das Coisas refere-se basicamente à revolução tecnológica que propõe a conexão dos objetos usados nas rotinas do dia a dia à internet, fazendo com que o mundo físico interaja com o virtual.

Eletrodomésticos, meios de transportes e até maçanetas de portas conectadas à rede mundial de computadores já são uma realidade no mercado. Ou seja, a Internet das Coisas já faz parte do cotidiano das pessoas.

O comércio já percebeu a sua importância. Por um lado, pode proporcionar ao cliente uma experiência de compra interativa, individualizada e autônoma. Por outro, auxilia na gestão dos negócios. O mesmo acontece com diversos outros recursos tecnológicos.

Que tal conhecer com mais detalhes em relação à forma como as novas tecnologias impactam o futuro do trabalho e das empresas?

1. Mudança no comportamento do consumidor

Há anos, vem se falando sobre a substituição do comércio físico pelo virtual. O mercado exigirá cada vez mais profissionais habilitados para a criação e manutenção de verdadeiros impérios online, com layouts surpreendentes, organização impecável e bastante intuitivos.

A parte técnica referente ao carrinho de compras e forma de pagamento também será progressivamente facilitada por recursos como o registro do cartão, oferecendo a cada cliente um atendimento prático e único.

2. Necessidade de investir em inovação

Alguns comerciantes ainda se encontram resistentes a disponibilizar a internet ao seu público, pois creem que os clientes vão se deslocar até os seus espaços apenas para consumir o Wi-Fi, sem gerar lucratividade.

Esse é um grande engano. O check-in obrigatório no Facebook para se conseguir uma conexão ativa é uma ótima ferramenta para compor um banco de dados, divulgar a marca nas redes sociais e ainda proporcionar um ambiente de acolhimento que, futuramente, pode gerar grandes vendas. Quem trabalha ou deseja assumir a área de marketing deve ficar de olho nessa oportunidade.

3. Trabalhar a cultura da empresa

O Big Data é outra realidade presente em muitas empresas. A capacidade de coletar, organizar e interpretar um grande volume de dados ajuda a prever cenários, otimizar processos e é capaz de orientar muitas decisões.

Entretanto, é preciso que a empresa tenha uma cultura em que isso seja trabalhado. Nesse caso, é importante que os colaboradores acreditem nesse direcionamento e utilizem essas respostas sem resistência, encontrando soluções seguras durante a rotina.

Quais os benefícios para as empresas?

A tecnologia e a Internet das Coisas podem melhorar muito a gestão dos negócios no futuro. Tanto nas indústrias quanto nas empresas que têm contato direto com o cliente final, os sistemas de informação podem aumentar a produtividade, auxiliar na criação de novas estratégias e, principalmente, na melhor compreensão do mercado de trabalho.

Conhecer profundamente esse cenário é fundamental para que as estratégias sejam eficientes. Anteriormente, mencionamos o Big Data como uma das tecnologias esperadas para o futuro do trabalho. Gostaríamos de frisar novamente que os dados revelados por meio dessas análises podem trazer as respostas necessárias para que uma organização tome decisões importantíssimas, trazendo ótimos resultados.

Veja com mais detalhes os benefícios proporcionados pela tecnologia em 3 áreas.

1. Comércio

Tanto os robôs que auxiliam nas rotinas dentro de uma determinada empresa — como no caso dos caixas de supermercado em que os consumidores registram as compras sozinhos — quanto a tecnologia que pode ser aplicada em softwares para marketing, comunicação e recrutamento especializado, tudo gira em torno da otimização de serviços.

2. Indústria

A tecnologia, Internet das Coisas e inteligência artificial permitem que os gestores supervisionem em tempo real o rendimento das equipes, avaliem a disponibilidade de materiais, controlem o consumo de energia e aumentem a eficiência do processo. Com esses dados, é possível alterar as estratégias de produção para atingirem melhores níveis.

3. Saúde

A saúde também será impactada pelos sistemas voltados para a redução de custos, gestão de secretaria eficiente e banco de dados seguro. O registro do histórico do paciente e seu prontuário ficam guardados em segurança e as informações sempre à mão possibilitam um atendimento cada vez mais eficaz.

E as vantagens para os colaboradores?

A tecnologia não deve ser vista como uma vilã que chegou para roubar os empregos dos humanos no mercado de trabalho. Na realidade, ela apresenta soluções para a melhoria da vida das pessoas e não seria diferente no mundo corporativo.

A troca de dados entre as máquinas facilita o acesso à informação. Também possibilita economia de energia, otimização do tempo, processos manuais mais seguros, educação corporativa democratizada e outros aspectos positivos no cotidiano de um trabalhador.

É preciso reconhecer que as soluções proporcionadas pela Internet das Coisas e a tecnologia em si também trazem mais suporte às atividades que, em um primeiro momento, ficaram esquecidas. Por exemplo, os sistemas que integram o setor de RH e financeiro à contabilidade da empresa.

Por muito tempo, houve uma cultura de que o departamento financeiro só dizia respeito à diretoria. Hoje, a integração entre os setores proporciona um trabalho mais organizado e ágil.

Quais os principais desafios?

As mudanças para o futuro do trabalho são inevitáveis: controle de informações, novas formas de trabalho, segurança no ambiente virtual e acesso à informação são benéficos, mas também apresentam seus desafios.

Nesse contexto, o dever dos profissionais é inspecionar os avanços e evitar as distorções que podem ser causadas por esse novo conceito de trabalho. É importante conhecer os principais elementos que devem deixar a força humana de trabalho sempre alerta.

1. Privacidade

Não há como falar em tecnologia sem pensar em privacidade. Uma rede que proporciona conexão ao mundo todo precisa ser muito bem protegida, tanto no que diz respeito aos nossos dados quanto na idoneidade das informações que chegam até nós. Saber quem será o grande responsável por esse controle, além da própria sociedade, é um dos desafios.

2. Senso humano

Se nosso comportamento social, interação no ambiente público, escolhas afetivas, estilos de vida e maneira de trabalho serão afetadas pela tecnologia, o que acontecerá com o senso humano?

Existem habilidades que as máquinas não contemplam, como o pensamento crítico e a inteligência emocional. Cabe aos indivíduos entender a importância da sensibilidade humana para o futuro do trabalho, de modo que sejam fundamentais para a interpretação dos resultados fornecidos pelas máquinas.

3. Mau uso da inteligência artificial

Saber diferenciar avanço e progresso de projetos elaborados para prejudicar a humanidade pode não ser tema de filme de ficção científica, mas da realidade.

Será que não é hora de a sociedade estudar a possibilidade de uma nova legislação, que possa mediar a programação e coloque limites no uso da inteligência artificial? Essa é uma reflexão importante para ser feita em todo esse contexto.

A grande realidade do futuro do trabalho é que a sociedade não pode agir de maneira desesperada. Empresas que criarem resistência ficarão para trás. Profissionais que insistirem em não se adequar a essas novas tecnologias também.

Como mencionamos algumas vezes durante todo o artigo, a tecnologia deve acrescentar pontos positivos à força de trabalho humana, e não eliminá-la. Entretanto, para garantir um bom posicionamento nessa nova realidade, é preciso conhecê-la e saber o que é possível fazer para estar alinhado a ela.

O mesmo vale para os responsáveis pela árdua e difícil tarefa de promover o recrutamento e a seleção das empresas. Se a dinâmica do mercado muda, e os profissionais mudam junto a ela, é necessário estar preparado para identificar os candidatos mais adequados a essa nova realidade, assim como as ferramentas disponíveis para manter a atual equipe sempre atualizada em relação às novidades desse novo mercado.

As palavras de ordem citadas durante todo o artigo, como flexibilidade, liberdade e inovação, valem tanto para empresas quanto para os colaboradores. Todos os setores devem estar integrados ao novo cenário, para que as organizações não sejam engolidas pelas tendências que o futuro reserva.

Felizmente, as grandes corporações saem na frente com os exemplos que podem ser seguidos. Portanto, estar ligado ao futuro do trabalho também é uma questão de observação: toda vez que você se deparar com processos automatizados no seu dia a dia, como operações bancárias via aplicativos ou estacionamentos que recebem o pagamento do seu ticket sem necessitar de um atendente, lembre-se de que você está vivenciando uma situação em que o amanhã já chegou.

Quais os impactos da pandemia no futuro do trabalho?

A pandemia trouxe um cenário instável para o mercado, afetando tanto as empresas quanto os colaboradores. Essa instabilidade pode ser vista como oportunidades positivas de crescimento ou um fato negativo para o âmbito empresarial, tudo depende da resiliência de cada um.

Para as empresas pode ser uma oportunidade de crescimento e reorganização dos aspectos gerenciais, como a política interna, novos processos, desenvolvimento dos colaboradores, inovação e implantação tecnológica.

Para os colaboradores a pandemia trouxe um momento de reflexão, crescimento pessoal e profissional. Devido às mudanças nas organizações, se tornou um período propício à busca de novas oportunidades (para aqueles insatisfeitos) ou de crescimento dentro da própria empresa, já que muitas pessoas passaram a se qualificar com cursos EAD.

Como deverá ser o trabalho pós pandemia?

Com a pandemia, as organizações e os profissionais tiveram que se adaptar e desenvolver novas formas de trabalho, criar cenários que permitiram a continuidade do processo produtivo e o atendimento ao cliente. 

Muitas dessas adaptações se mostraram ótimas alternativas para redução de custo para a empresa e benefícios mútuos em relação à cultura organizacional. Veja:

Modelo híbrido e home office

modelo híbrido ou o home office integral como alternativas de trabalho para colaboradores da áreas administrativas se mostraram uma ótima oportunidade de economia para ambos os lados. Algumas empresas que dependiam de alugar espaços físicos para o trabalho encontraram essa alternativa como manter a empresa funcionando sem esse custo.

Para o colaborador a possibilidade de trabalhar em casa trouxe a economia com combustível, que foi importante para o orçamento familiar, redução do stress por não pegar trânsito, acordar extremamente cedo e chegar tarde em casa, trouxe a aproximação da família e etc.

Colaborador no centro

Com o distanciamento causado pela pandemia, as organizações passaram a perceber que o seu recurso mais importante são os colaboradores. E, a partir daí, estão buscando desenvolver relações internas mais humanas, políticas de desenvolvimento humano.

Uso cada vez maior da tecnologia

Devido às necessidades de  adaptação aos novos processos, e o distanciamento dos colaboradores fazer o uso de tecnologias mesmo que antigas como acesso remoto ao sistema e banco de dados, videoconferências e ramais telefônicos por meio de aplicativos se tornaram essenciais.

Busca por novas habilidades

Quando surgem momentos em que é necessário sair da zona de conforto acaba sendo possível perceber os pontos fortes e os pontos fracos que precisam melhorar. 

E para as empresas que possuem um ambiente extremamente competitivo, onde as empresas buscam pelos melhores profissionais, se torna evidente a busca por novas habilidades.

Se por um lado é uma ótima oportunidade de crescimento para o colaborador, para a organização é a chance de formar times que realmente proporcionem vantagem competitiva.

O futuro do trabalho e suas adaptações dependem de nós. Agora que você já está informado quanto a isso, é quase que uma obrigação analisar as situações do cotidiano em que essas questões se encaixam e aprender com elas. Lembre-se de que nós somos os responsáveis por toda essa revolução!

 

Robert Half

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